quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Dica³ x 13 - Evocando Espíritos


Quando vou ver um filme de terror, meu objetivo não é somente tomar sustos. Prezo sempre pela história. E isso é que deve nos aterrorizar. O ambiente tem que ser assustador, a música tem que ser climática, a luz tem que ser densa. Ou seja, a história e a ambientação da história têm que ser de terror. Mas por que esses caras que fazem filmes de terror tem o hábito de nos levar para casas antigas no meio do nada? Chega a ser deprimente quando na poltrona do cinema ou no sofá de casa vemos aquela família típica norte americana indo para o campo, ou pra uma cidade menor, buscando um recomeço para alguma coisa. Deve ser falta de criatividade. As casas mal-assombradas nos atormentam com clichês e falta de criatividade.

Vi um filme com um nome muito sugestivo: Evocando Espíritos. O filme da Lionsgate e distribuído pela Imagem Films leva uma família pra dentro do mato novamente. O objetivo é ajudar no tratamento de Matt (Kyle Gallner), o filho que sofre de câncer. Os clichês são os mesmos: reflexos no espelho, aumento de som e vultos, quartos escuros, incredulidade diante do perigo iminente, pesadelos. Coisas do gênero. Ainda vale lembrar que a casa escolhida era uma antiga casa funerária. Na história o filho dodói esta passando por experimentos novos na tentativa da cura do câncer. Esses experimentos podem causar-lhe alucinações. Concomitantemente, na casa nova, coisas começam a ocorrer. Ele não sabe se é sobrenatural ou científico. O duelo de sempre entre o ceticismo e o oculto. Assim como em O ORFANATO, a idéia de que quem está perto da morte pode ver o mundo dos mortos é trazida à baila. E em como todo filme de terror que trata desses temas, apesar de todos os avisos, o efeito São Tomé é evidenciado. O filme ainda se julga ser baseado em fatos reais. O papel do patriarca da Família vivido por Martin Donovan é totalmente dispensável, pois com ele ou sem ele o filme acontece. Donovan não acrescenta em nada, absolutamente em nada no filme. Tenta-se criar um drama, mas não há competência para tanto. A única coisa que esperamos do filme é a hora de acabar. O Reverendo Popscu (Elias Koteas) tem um papel interessante, mas não parece daqueles que são dados evocação de espíritos.

O filme do diretor Peter Cornwell e dos roteiristas Adam Simon e Tim Metcalfe, é apenas mais um filme. Eu clamo: Meu Deus, me dê filmes de terror urbano!!! Ai me aparecem filmes de Zumbis! Pelo amor de Deus! E esse Evocando Espíritos cai na idéia de fantasmas bonzinhos. Antes Gasparzinho meu amigo!!! Todo mundo sabe que mexer com Defuntos e seus espíritos é coisa semelhante à bulinar onça com vara curta. Faz tempo que não vejo um filme de terror que valha a pena assistir. Deus do céu! Filme não é medíocre. Faltou-lhe competência para tanto.

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