Por Marcelo Cotinha
Com a divulgação dos indicados ao maior prêmio de cinema internacional, eu me indaguei: Porque Guerra ao Terror recebeu nove indicações ao OSCAR? E mesmo antes disso, eu já me questionava porque tanta badalação a respeito do filme da diretora Kathryn Bigelow. A melhor maneira para tirar uma dúvida é estudando, mergulhando de cabeça no problema, e foi assim que fiz. Fui ver o Filme.
De pronto, não vi ninguém de espetacular no elenco. Ninguém, exceto a linda Evangeline Lilly, a Kate de Lost. Fora ela, nós não reconhecemos ninguém na tela, absolutamente ninguém. A diretora tem com referencia a trama interessantíssima chamada K-19 - The Widowmaker, que dirigia nada mais nada menos que Liam Neeson e Harisson Ford. A segunda referencia é que ela foi casada com James Cameron e talvez tenha herdado alguma coisa do finado relacionamento. Isso não é demérito algum para o filme. Não chamar atenção com um elenco muito talentoso ou com uma equipe produtiva muito volumosa é um bom sinal. Talento demais e um elenco esdrúxulo não significa muita coisa. G.I Joe e Ponto de Vista que o diga!!
A trama no leva pro Iraque. Lá encontramos uma equipe de soldados ianques que estão a menos de 40 dias para retornar para casa e seu líder é morto em exercício. O grupo recebe um novo homem para o comando. Esse homem é expert em desarmar bombas. Tão bom quanto louco. É vivido por Jeremy Renner. A interpretação dele é interessante, mas a meu ver, nada de extraordinário. O que o filme traz é na verdade um tom explosivo. A Companhia Bravo lida com bombas e nos 38 dias que ainda lhes restam no Iraque esse convívio se intensifica. O filme é basicamente isso. Tensão o tempo todo. Só que não emplaca e nem tem o poder de nos conceder aquela sensação de perigo. É legal, mas não consegue me convencer. Quanto ao personagem de Jeremy tenho algumas coisas para acrescentar. Ele é um cara tão competente quanto inconseqüente. Sua loucura na execução dos trabalhos lhe concedeu vários salvamentos e hematomas. Sua atuação foi indicada a Oscar, assim como o filme, mas não consigo enxergar toda essa plenitude majestosa que alguns críticos viram. Eu não consigo elogiar o que não gostei.
Se você quiser assistir Guerra ao Terror, pode vê-lo, mas saiba que não vai sentir emoção nem nenhum outro sentimento parecido. O filme é frio e só é aquecido com as explosões das bombas que nele aparecem. É um fortíssimo concorrente ao Oscar, mas não levará de melhor filme. Não o recomendo em sua casa como filme de prateleira. Mas é bom vê-lo para que possas tirar suas próprias conclusões. E se você for norte-americano, talvez ache o filme lindo e até mesmo emocionante, mas para o resto do mundo, particularmente para mim, Guerra ao Terror é altamente insosso.


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Marcelo Cotinha

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