terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

C³ x 11 - DISTRITO 9

Por Marcelo Cotinha

Logo que foi divulgado que agora dez filmes concorreriam ao OSCAR de melhor Filme, imaginei quem estaria nesta lista. Surpreendentemente para alguns e de maneira justa para outros, DISTRITO 9 apareceu entre os indicados. Facilmente se percebe que tenho me esforçado para tecer comentários a respeito dos filmes que concorrem ao prêmio e que já estão por aqui pelo Brasil. Claro, é impossível ver todos os indicados, já que sou um só e tenho minhas atividades laborativas que não têm nada com Cinema, muito menos com Gibi. Mas não me arrependo de ter visto Distrito 9. O filme é excelente e conseguiu me convencer. O material merece atenção não somente por que tem o dedo de Peter Jackson, mas por que é uma obra de ficção científica que certamente será uma ícone Cult para as gerações futuras.

O filme nos apresenta uma Johannesburgo bem diferente da que vemos na TV em clima de copa do mundo de futebol. Foi lá, na terra de Nelson Mandela, que os Alienígenas do filme, vulgarmente chamados de Camarões, ou Crustáceos, aterrissaram. O governo Sul-africano resolve então exilá-los em um distrito – exatamente o que do nome ao filme. Esses seres possuem armas de alta tecnologia que nenhum humano consegue ativar, pois há uma ligação biológica entre a arma e o seu portador. Os aliens – A mistura de Lula Molusco, Monstro do Pântano e O Grilo Falante de Pinóccio – se vêm forçados a abandonar seus lares no referido distrito. Serão forçados a sair e uma força de Elite militar é que fará este trabalho. Em contra partida, vemos um agente, até então burocrático, se envolver nesse processo de remoção dos ET’s. Ele encara isso de tal maneira que o contato com os extraterrestres lhe concede a alcunha de procurado. É a partir desta perseguição que toda a trama se desenvolve.

O agente que mencionei anteriormente é Wikus Van de Merwe, vivido pelo muito bom ator Sharlto Copley. Seu atuação no inicio do filme torna seu prsonagem real. Vemos um NERD babaca tão convincente que mais parece um vídeo do Youtube mostrando a Galera de alguma universidade de tecnologia ianque. Percebemos humanidade no personagem de Copley. Sua interpretação concede isso ao Wikus. Um ponto positivo na obra é que ele é um homem comum. Não é treinado em guerra, não possui habilidades especiais, nada disso. Só é um cara inteligente que se da mal graças a um cargo que seu sogro joga em seu colo. Um pistolão que não deu certo!

Um fato interessante no filme é a forma com que ele foi feito. Parece o Globo Repórter ou uma matéria do Discovery Chanel. É em formato de documentário com uma série de relatos, tanto sobre os alienígenas e sua história ali em Johannesburgo, quanto de Wikus. Esses Momentos Discovery são mesclados com ações reais no filme, mostrando a vida de Wikus. Essa jogada do roteiro de Neill Blomkamp e de Terri Tatchell é interessante, pois todos os espectadores são informados de maneira clara, a respeito dos acontecimentos e da história que estão vendo na tela. A música é algo que eu não poderia deixar de mencionar, uma vez que temas africanos são empregados para trazer ao espectador um tema e um tom dramático ao momento. O encaixe é perfeito.

Um vilão excelente é Koobus Venter (David James). Ele não sorri e quando o faz, amedronta. Ele torna o ambiente do filme tenso em alguns momentos. Um homem determinado a realizar aquilo que lhe vem na cabeça. Na verdade Koobus é um vilão interessante só que mais parece com cum soldado norte americano. Sabe aqueles caras fanáticos pelo cumprimento da missão a todo custo? É o próprio. Um clichê! Pra não fugir da rotina. Mas esse ponto que destaquei não pode ser considerado um ponto negativo que influencia toda a obra. Claro qu não! Se formos por na balança, os positivos irão sobrepujar os negativos de maneira arrebatadora. Para tanto, gostaria de ressaltar o visual dos monstros alienígenas da obra. Peter Jackson mostra que evolui a cada dia. Sua empresa está empregando cada vez mais e de maneira mais eficiente a tecnologia de efeitos especiais. Claro, a trilogia de O SENHOR DO ANEIS, mostra muito bem isso, mas AVATAR de James Cameron é a prova azul do que falo. Mas sem tecer comparações, os Camarões de Distrito 9 são muito reais. Consegue-se perceber o olhar de aflição na face dos aliens em algumas tomadas do filme. Falando a respeito disso, a direção não é de Jackson, mas sim de Neill Blomkamp. Ele estava envolvido na Adaptação para o cinem do Game HALO, da Microsoft, que não saiu. Blomkamp debuta muito bem nos mundo dos longas. Em suma, DISTRITO 9 é um ótimo filme de ficção científica. O roteiro é excelente e a meu ver, por ser um filme de uma escola não tão tradicional assim no mundo do cinema que é a Nova Zelândia, só lhe acrescenta méritos e o põe apto a receber um OSCAR.

0 Comentários:

Postar um comentário

Fique à vontade e Comente!

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Grants For Single Moms