Por Marcelo Cotinha
O grande erro de algumas franquias cinematográficas é retratar batalhas épicas e grandes confrontos sem uma gota de sangue. Foi assim em As Crônicas de Nárnia e é assim em Percy Jones e o Ladrão de Raios. Batalha sem sangue é como ter fogo sem fumaça, filme sem pipoca, Romeu sem Julieta, Cotinha sem lábio volumoso, ou seja, inconcebível. O filme que tenta ser o substituto de Harry Poter não faz jus às suas pretensões.O filme é baseado na obra de Rick Riordan. No livro, o moleque é cerca de cinco anos mais novo do que o do filme. Totalmente explicável e compreensível, já que tratamos aqui de uma adaptação. O Percy do filme (Logan Lerman) padece de Dislexia e tem grandes dificuldades de aprendizado. Apesar disso, ele é o filho de Poseidon, mestre e deus dos mares, na mitologia grega. Percy é suspeito de roubar os raios de Zeus. Esses raios são armas poderosas. E se eles não forem devolvidos ao seu dono, haverá uma guerra entre a terra e o Olimpo. Da pra você? Seus amigos lhe ajudam na sua empreitada na aventura que se desenrola a partir daí. Aparentemente são tutores ou protetores que agem para manter o moleque a salvo.
Todas as cenas de embate mais empolgante nos frustram pela falta de veracidade. O filme é infantil e parece que foi feito para os aborrecentes ianques. Tem até um acampamento para semi-deuses. A comparação com Harry Poter se restringe apenas na idéia de que este filme tentará ou tentaria substituir a franquia do Bruxo. Simplesmente ridículo. Essa possibilidade é remota! Tem até uns lances bons nos efeitos visuais, mas são poucos, nada que dê um bom resultado ao filme. Por mais que tente, não consigo enaltecer essa película. Ele é de uma pobreza incrível!
Com o roteiro insosso de Craig Titley, Rick Riordan o filme não emplaca e deixa a desejar! Falta um monte de coisa, como por exemplo bom gosto. Quando vi o trailer a primeira vez até que me impressionou mas com um título desses, pelo amor de Deus!! Dá pra confundir com algo relacionado a Michaell Jackcson, mas depois a gente se liga! Brincadeira à parte, vejo que por mais que o diretor Chris Columbus quisesse fazer desse filme o que conseguiu fazer com Harry Poter – sendo que ele foi o diretor dos dois primeiros filmes do bruxo – não obteve êxito e se houver continuação para essa gelatinosa e sem sal quase aventura, confesso que não gastarei meu suado e negro dinheirinho para ir ao cinema, esperarei passar na Sessão da Tarde na Globo, ou no Cinema em Casa do SBT, pois tenho certeza que não vai alardear tanto quanto essa coisa que está em cartaz nos cinemas mundo ai à fora.


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Marcelo Cotinha
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