segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Dica³ x 3 - O Orfanato

O ser humano é o ser pensante. Somos nós que temos o poder de destruir e construir, criar, recriar e descriar. O próprio Deus nos concedeu essa dádiva, ou essa responsabilidade. Mas falando dessas responsabilidades humanas, como agir por meio da fé sem cair na convidativa loucura? Como saber se já ultrapassamos a barreira da Fé? Como sabermos se não já somos loucos? O filme espanhol O ORFANATO do diretor Juan Bayona trata, dentre tantos temas, dessa linha tênue que separa ou une, a fé à loucura.



O filme trás Laura (Belén Rueda), que e uma mulher que retorna com sua família ao orfanato onde morou quando criança, com a intenção de ali criar uma casa de apoio à crianças excepcionais. O local desperta a criatividade de seu filho, Ramón (Roger Príncep), que se vê imerso em um cenário propício a “amizades” não tão boas! Atrelado a isso, estranhos acontecimentos deixam a família de Laura atordoada, e culmina com o desaparecimento de seu filho.  Ela segue numa busca sem muistas esperanças da parte de seu marido, mas confiante nas teorias paranormais levantadas pelo personagem de Edgar Vivar, o eterno Sr. Barriga de Chaves. Desse ponto em diante, um embate entre o crença e á razão é suscitado e em poucos instantes, esse duelos se vai e nasce outro: Fé e loucura.


Guillermo Del Toro tem se mostrado bastante obscuro em seus trabalhos. Tanto quanto o diretor Tim Burton. Mas Del Toro neste filme não trabalha como diretor, mas sim como produtor. Eu fiquei entusiasmado com o filme. Apesar de ser Mexicano, Del Toro tem trabalhado em filmes espanhóis e dado uma força imensa ao cinema das bandas de lá! Acredito que esse filme tem seus pitacos não somente na produção. Mas deixa pra lá! O que quero ressaltar é exatamente a temática. O que é real e o que é ilusão? O que é o real? O ser humano é pensante e tem o poder nas mãos, mas conhece tudo? Essas questões são postas diante de nossos olhos tanto em O LABIRINTO DO FAUNO e também em HELLBOY, ambas obras sob a direção de Del Toro e agora em O Orfanato que tem a sua produção executiva. O Filme é uma película que nos surpreende, pois achamos que pode ser até aterrorizante, mas é muito empolgante e dramático. Confesso que têm uma premissa parecida com um filme dirigido por outro espanhol, OS OUTROS de Alejandro Amenábar que também mergulha nesse mar. Acredito que principalmente em O Labirinto do Fauno e em O Orfanato o dilema entre fé e loucura, real e ilusão é bem enfatizado e em ambos, a morte não é o limite. A fé nos convida à loucura, e a loucura é a porta que nos convoca para a morte, e a morte não é o fim. Apenas devemos nos saciar com o fato de que a morte não é o derradeiro ato do homem, mas apenas o princípio.

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