Dica³ - Busca Implacável

Eu achei que um filme com um título tão chamativo e repleto de apelação como BUSCA IMPLACÁVEL tinha como destino deixar a desejar. Estava enganado. O nosso Jason Bourne da terceira idade, vivido por Liam Neeson, o Ra’s Al Ghul de Batman Begins e o Zeus do vindouro Guerra de Titãs é realmente como o título: Implacável. Com uma regra simples, Busca Implacável narra à trajetória de um ex-agente dos EUA que volta à ativa clandestinamente quando sua filha mimada é raptada por um grupo de traficantes de mulheres na França. A relação de Bryan Mills (Neeson) com a sua filha (Maggie Grace) é interessante, pois ele tenta recuperar um suposto tempo perdido, tendo em vista que quando na ativa, quase não parava em casa e perdeu boa parte da infância da garota e por isso, sua esposa se separa e ele tenta se reaproximar da filha com uma super proteção que oprime a garota. É nesse momento que o rapto acontece e então ele se vê forçado a agir com suas próprias mãos. Massa, velho!!

Bem, a comparação com Bourne é quase que obrigatória. O jeito de lutar, a eficiência com que se conseguem as informações, a mania e o vermelho nos olhos é tudo muito parecido. Claro, o ambiente europeu também deixa o filme “Bourneado”. Do mesmo modo, as redes de corrupção nas instituições de segurança são vistos. E assim como em Bourne, é muito chique ver carrões da Audi, da Pegout e de outras marcas européias desfilando pelas belas ruas da cidade das luzes, drogas, corrupção e prostituição da Europa que como é vista a Paris do filme.

Quanto à ação, é excepcional. A ação é eletrizante e nos mantém atentos todo o tempo. Se você demorar no banheiro muito tempo, vai perder Neeson quebrando o nariz de alguém. Mills bate muito fácil. Efeito MacGuffin funciona e toda violência desmedida, quer dizer, acentuada, é justificável pela Busca Implacável do título. Ele bate por que tem que bater, mata por que tem que matar, e dar sorte quando tem que dar mesmo. Agora é incrível como os americanos conseguem invadir a Europa, bater, matar, torturar, fazer e acontecer e nenhuma autoridade da União Européia interfere. Mas isso não é problema nosso! Ai já é querer de mais. Recomendo! Loque e você verá um excelente filme.