Caros colegas,
Mais uma vez venho expressar-me a respeito do cinema nacional. Sinto-me bastante entusiasmado com os filmes recentes que estão chegando aos cinemas. Recentemente escrevi a respeito desse tema. Bem, eu apresentei antes Besouro, que pouca gente conhecia. Foi novidade pra muita gente. Agora eu venho trazer mais novidades pra essa galera que curte cinema e atura Marcelo Cotinha.
Vou falar de coisa boa, vou falar de ALICE BRAGA, a moça brasileira com maior destaque em Hollywood. A linda moça! Are bába! Besteiras à parte, a beldade paulistana, hoje com 26 anos tem se mostrado muito talentosa. E não mostra seu talento em cima de um telhado com um vestidinho minúsculo não. Ela interpreta muito bem, tanto em português como em inglês. Tem participado de produções interessantes nos Estados Unidos e levando o nome do Brasil por ai a fora. Seu primeiro longa nós vimos. Foi Cidade de Deus (2002) de Fernando Meirelles, era a cocota Angélica – Cocota aqui não tem nada a ver comigo. Fez também o muito bom Cidade Baixa do diretor Sérgio Machado em 2005. A partir desse trabalho ela despontou como uma promessa da dramaturgia nacional. Roguei para que ela não se “perdesse” nas novelas da vida. Deus ouviu minhas orações. Veio então Só Deus Sabe, um mesclado brasileiro e mexicano de Carlos Bolado em 2005 e depois veio o seu grande momento e oportunidade nos States: Eu Sou a Lenda (2007) ao lado de Will Smith, sendo um dos melhores filmes do ano e com uma interpretação convincente e importante da atriz brasileira. Depois disso veio filmes importantes como Território Restrito (2008), atuando ao lado de Herrison Ford.

A partir de então, a gente consegue ver muito bem a participação do Brasil no cinema ianque. Fernando Meirelles também tem participação ativa no cinema Ianque. Ele dirige a adaptação de José Saramago O Ensaio Sobre a Cegueira em 2008 e o faz com maestria. “A trama narra uma inexplicável epidemia de cegueira e se passa em grande parte dentro de uma estrutura de confinamento para os que perderam a visão. Nos claustrofóbicos interiores, o Ensaio Sobre a Cegueira do trio vale-se de superexposição, foco e abstracionismo sensível, mas usando apenas variações tonais (...) que levam ao branco, com surpreendente resultado” diz Érico Borgo no Omelete.com. Em Cinturão Vermelho, os brasileiros Rodrigo Santoro e Alice Braça detém papeis importantes.
Falando sobre isso, Rodrigo Santoro, ao lado de Alice Braga desponta como figura brasileira bem presente em Hollywood. Eu falo isso ignorando a sua participação em As Panteras 2, claro. Fora isso, ele se apresenta como representante brasileiro em bons filmes lá fora, como os recentes Che e La Gerrilha, onde interpreta um guerrilheiro cubano que combate ao lado de Fidel e Guevara na Revolução Cubana. Santoro ainda foi Xerxes em 300, e tem um papel muito interessante no filme de Jim Carrey Eu Amo Phillip Morris (2009), também no argentino Leonera. Mas em que essas participações de brasileiros contribui para o cinema nacional? Sem dúvida essas experiências no exterior trazem inovações para o cinema local. Nomes como Carlos Saldanha – diretor de “Robôs”, “A Era do Gelo 2 e 3” - por exemplo, pessoa experiente em animação, que sem dúvida pode auxiliar o labor cinematográfico por aqui. Claro que a gente tem que fica consciente de que o nosso cinema não pode ser comparado ao ianque em questão de valores – Filme nacional mais caro de 2009 foi BESOURO com 10Milhões de Reais, e o mais caro americano, que coincidentemente é o mais caro do mundo custou quase 500Milhões de Dólares, que foi AVATAR – mas quanto à criatividade não. Mas na qualidade de pessoal e métodos e equipamentos os americanos são experts. E nisso os nossos representantes lá fora – atores, diretores, desenhistas de HQ – podem ajudar o país a crescer nessa área.
Não pense que minhas palavras representam somenteum sonho. Há experiências vitoriosas nesse aspecto, como é o caso do cinema espanhol. Dentre os astros citemos aqui Pedro Almodóvar, Penélope Cruz e Javier Barden. Todos são espanhóis que desempenham papel importante em Hollywood e alavancam o cinema da Espanha. Vale ressaltar que todos os que citei já tem seu Oscar na Estante de casa. Desde 2005 vê-se o crescimento do cinema espanhol com filmes interessantes como Volver e Tudo Sobre Minha Mãe de Almodóvar, Agora de Alejandro Amenábar, e o lindo e ótimo O Labirinto do Fauno, do mexicano Guillermo Del Toro. O México, inclusive, está vivenciando um momento muito bom no cinema, semelhante ao espanhol, onde vários atores de diretores estão "se aperfeiçoando", ou melhor aprendendo com o melhor do cinema mundial.Enfim, rogo para que tais avanços ocorram por aqui. A influência Norte americana nos ajudará muito. Temos talento para isso e muito mais. Talvez não tenhamos tanto dinheiro para investir, mão de obra, locações, criatividade e vontade temos o bastante. Acredito que incentivos do governo federal como esse recente Vale Cultura, possa resultar em investimentos na área do cinema e das revistas em quadrinho. Seria bom implantar em nosso pais um sistema de leitura e apreciação desse tipo de entretenimento, a fim de expandir e popularizar esses mecanismos de difusão cultural. Talvez assim, não só você, mas com certeza outras pessoas estariam lendo esse artigo nesse momento. Muito obrigado! Sucesso ao nosso cinema!


15:08
Marcelo Cotinha

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