quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

C³ x 2 – 2012

C³ x 2 – 2012.



Caros colegas,


Dessa vez, volto a falar de um filme do estressante do diretor Roland Emerich, aquele cara do 10.000AC, e também de Independecy Day. O cara tava com um filme rolando nos cinemas mundiais e eu assisti. É o seu 2012 (2009) e eu, aqui abaixo, expresso as minhas singelas opiniões a respeito do catastrófico filme.
Inicialmente exalto todo o processo de divulgação do filme. Confesso que os cartazes personalizados mostrando os principais pontos turísticos e naturais de diversos países ruindo, foi brilhante. No Brasil, foi o Cristo Redentor no Rio, na China, o Himalaia sendo coberto pelas ondas, em Washington, a Casa Branca sendo atingida pelo Porta Aviões John Kennedy, que é levado por uma Tsunami. Cartazes perfeitos. Nisso, o estúdio foi realmente muito inteligente. Geralmente nos filmes catástrofes usa-se isso de maneira magistral, como por exemplo em Eu sou a Lenda, com Will Smith, ou até mesmo o Independency Day, do próprio Roland Emmerich isso é visto e mais uma vez funciona muito bem.
Quanto ao filme, particularmente sobre o roteiro, escrito pelo próprio Roland e pelo amigo Harald kloser, responsável também por 10.000AC, a meu ver, diante dos trailers, comerciais e cartazes, deixou a desejar em alguns pontos cruciais. Por exemplo, nos clichês e na previsibilidade de algumas cenas e situações. Casal com filhos, escritor sem prestígio, casal separado, padrasto legal, isso é muito, mas muito comum no mundo do cinema. Lembra de Guerra dos Mundos de Spielberg? Pois é! Chega a ser lastimável a falta de criatividade no enredo, mas pelo menos as cenas de explode explode são empolgantes. “Cuiuda”, mas empolgante. Digo que principalmente no início.
Esse é outro problema do filme. Ele não emplaca. Ele inicia subindo, mantêm uma áurea de tensão na primeira hora de filme (tem 2h e 38 min), mas não consegue ir além daquilo, mesmo apesar das cenas serem mais “impactantes” mas não é tão empolgantes quanto no início. O que quero dizer que há uma estagnação na tensão, ela não evolui a partir da primeira hora. Mas o filme não é só defeito! Os efeitos especiais são ótimos. Ruas rachando, vulcões, bolas de fogos, ondas gigantes, muito massa!
Bem, devo aqui falar da história! O filme inicia em 2009. Na Índia onde há um centro de estudos de alguma coisa – confesso que fiquei voando no início. Descobre-se que o planeta esta sofrendo algumas alterações devidas explosões solares, digo, explosões na superfície do Sol. Isso é comunicado aos principais governos do mundo, principalmente os americanos, que se preparam para as desgraças. Nessa história vemos o presidente dos EUA vivido por Danny Glover. Há outros líderes mundiais envolvidos no projeto de “salvação”. Ai é que vemos um pai divorciado (John Cusack) que está tentando reconquistar o carinho dos filhos, e em meio a essa tentativa de reconquista, ele se vêem em meio a um cataclisma global com sua ex-mulher, o namorado dela e os guris. Fica manjado a partir daí, pois vem às discussões sobre relacionamento, respeito, amor filial, honra e tudo mais. O Crítico de Cinema, o omelenauta Marcelo Hessel diz que “O tempo de tela de cada personagem é mínimo, então trate de aproveitar para pedir suas desculpas e, se for o caso, fazer suas preces”. Ou seja, não há desenvolvimento de personagens, o que importa é a história. Eu, particularmente, acho ridícula a apelação. Há um momento do filme que inicia-se uma lamentação acerca da culpa. “Todo mundo carrega um remorso, enfim, e o tempo para repará-lo está encurtando. Como 2012 se constitui de um mosaico de vidas efêmeras” Diz Hessel.
É chato e chega a ser ridículo ver que em momentos tão desesperadores onde tudo o que você conhece vai desaparecer definitivamente e você simplesmente chora por um monte de desconhecidos tentando até mesmo dar sua vida por estes. É realmente lindo e apesar disso ser legitimamente humano não sei se funcionaria com todo mundo. Isso, pra mim é apelação. Venha cá, imagine-se você à beira de uma desgraça e então lembra de uma moça do amazonas que tu não conheces e começa a chorar e, pra se igualar a ela, você deixa de ser salvo e dá o lugar à outra pessoa. Tão bonito quanto ridículo!! Imagine o Presidente Lula deixando de ser salvo de uma desgraça pra dar lugar a você! Isso seria possível?! Acho que mesmo você sendo Petista, o mais fanático deles, até mesmo ministro de Estado, ou a presidenciável, isso não aconteceria. Talvez até esteja enganado, mas é bem improvável que isso ocorra. O filme peca feio quando tenta nos fazer engolir esses tipos de argumento para nos encher os olhos de lágrimas e por nó na nossa garganta. Comigo não funciona!
2012 não é somente um filme de ficção cientifica. É uma obra de cunho político muito importante. Primeiro porque ele, diferente de outros filmes catástrofes, não responsabiliza o homem pela desgraça. Imputa essa culpa na própria natureza, dessa vez, seria o Sol, fugindo desse papo chato de aquecimento global. Falo chato no sentido comercial da palavra, pois com toda a certeza, Hollywood não que falar disso, não num filme comercial, pelo menos de forma explícita, mas de maneira intelignete, como em AVATAR. Outro ponto interessante é a gente visualizar a Obama-mania no filme. Danny Glover vive o presidente dos EUA e pra quem não sabe Danny Glover (Máquina Mortífera) é negro, assim como o ator Chiwetel Ejiofor, que interpreta um dos cientistas que descobriram o problema com a Terra. Este personagem tem um romance com a filha do presidente, vivida Thandie Newton, também negra.
Talvez você pense que esteja exagerando quando falo de que os negros estão sendo enaltecidos nesse filme, mas é. Talvez a intenção não fosse exatamente essa, mas aconteceu assim. Vimos que há uma inversão de valores, uma vez que os EUA e logicamente a Europa, passam a integrar o Hemisfério sul por causa do movimento do centro de num sei o que de num sei quantas. A partir disso podemos ver o cunho político. Antigamente pensava-se que os do sul eram inferiores, o que chamamos de determinismo geográfico. É engraçada a inversão. Claro, que podemos perceber isso de modo menos engraçado, a partir de que os valores e as regras que ai estão só serão destituídas ou substituídas se ocorrer uma catástrofe a nível global. Talvez isso para os Americanos seja o mais viável.
Imagino que você ainda não tenha percebido a partir da minha escrita onde mais há no filme um debate político ou de conscientização. É no final da película, onde percebemos que tudo retorna para onde começou. A África foi o lugar escolhido por Deus, ou melhor dizendo, pelos roteiristas, para iniciar um possível repovoamento e ela, com o movimento das placas tectônicas e com a movimento de inversão dos pólos, é o centro da terra novamente. Isso é empolgante, pelo menos para mim!
Bem não tenho mais nada a dizer, repito aqui o mesmo parágrafo dos outros. Mais uma vez, aguardo respostas. Bem, é C³ é Cotinha é ao Cubo e esse é o título da resenha. Espero que gostem e retornem! Até a próxima.

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